Quando a preocupação é um problema?

Quando a preocupação é um problema?

“Não há nada que desgaste mais o corpo do que a preocupação…” Mahatma Gandhi

preocupação

A preocupação é uma experiência comum na vida da maioria das pessoas, mas a preocupação excessiva é um problema.

Muitas vezes nos preocupamos com hipóteses que criamos através dos nossos pensamentos, e desperdiçamos tempo com possibilidades imaginárias e cogitações( que na grande maioria não se concretizam), que não desfrutamos adequadamente do momento presente.

A preocupação improdutiva tem o foco em problemas que temos pouco controle ou pouca capacidade para influenciar em seu percurso. Esse pensamento pode focar na pior hipótese para o desfecho da situação, percebendo a ameaça de forma exagerada. Durante os episódios de ansiedade improdutiva, a capacidade para filtrar os pensamentos e reavaliar a situação de modo mais realista , e de pensar de forma mais produtiva sobre a resolução de problemas fica diminuída. Produzindo uma sensação de impotência na pessoa ansiosa, gerando aflição e ideia de que não é capaz de lidar com a sua preocupação.

A preocupação patológica é uma preocupação associada ao Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG. É muito mais grave, duradoura e incontrolável Do que a “preocupação normal “.O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um estado persistente de ansiedade envolvendo preocupação crônica, excessiva e invasiva que é acompanhada por sintomas físicos ou mentais de ansiedade que causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento diário. A terapia cognitiva vai ajudar na reestruturação cognitiva sobre a ansiedade, analisar as crenças pessoais sobre ameaças, preparar pacientes para a resolução de problemas.

Uma das estratégias utilizadas por pessoas ansiosas, é a tentativa de ter o controle e buscar segurança diante das situações que se sentem preocupadas.No entanto as tentativas de suprimir ou controlar a preocupação contribuirão para sua manutenção porque a ineficácia dessas estratégias confirma a crença do indivíduo de que a preocupação é perigosa e incontrolável.

Alguns exemplos de estratégias de controle da preocupação que não são funcionais: Dizer para si mesmo para não se preocupar; Dizer para si que tudo dará certo; Perguntar as pessoas (familiares e amigos) se tudo dará certo; Checar de forma repetitiva para aliviar a dúvida; Criticar-se por se preocupar; Tentar suprimir a aflição, ansiedade associada com a preocupação.

Dicas de estratégias para controlar a preocupação:

  • Permitir-se preocupar, deixar as coisas “rolarem”. Existem situações reais que irão nos fazer sentir preocupados, e isso é uma resposta emocional natural, se permita se sentir assim.
  • Envolva-se em atividades que distraia ou substitua a preocupação por pensamento mais positivo. Aceitar que você pode se preocupar não significa manter suas ações e pensamentos só direcionados para a preocupação. Buscar o envolvimento em atividades alternativas para “disfocar” os pensamentos ansiosos.
  • Reavaliar a ameaça imaginada da questão preocupante. Essa estratégia é muito utilizada na psicoterapia. A terapia cognitiva comportamental vai ajudar o paciente a reavaliar a ameaça. A maioria das nossas preocupações não se concretizam.
  • Desenvolver um plano de ação para lidar com a questão preocupante. Outra estratégia muito utilizada na psicoterapia. Às vezes a preocupação tem um motivo real, e é preciso ações para solucionar o problema ao invés de paralisar na preocupação.
  • Realizar técnicas de relaxamento. Existem várias opções, desde ouvir uma música relaxante, meditar, ioga , mindfulness entre outras. Técnicas que trazem a atenção para o momento presente, para a percepção do corpo e do agora, ajudam a aliviar o excesso de pensamentos provocados pela preocupação improdutiva.

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